está aqui o café forte com gosto de relembrança - um inverno há alguns anos ou exatamente esse inverno de hoje - e está aqui o teu cigarro. mas como?
eu dormi apesar de tudo. eu dormi esperando amanhã, esperando quando, crente de que chegaria quando eu acordasse: me depararia com um mundo domingo de sol e todos estariam lá, todos que eu tivesse amado de alguma forma no meu próprio final de peixe grande.
eu dormi e o telefone tocou. eu diria "boa noite, dorme bem". eu diria talvez alguma palavra no estranho idioma das pessoas que falam porque não têm nada melhor a fazer e não se olham no momento da palavra.
(uma lacuna no terceiro travesseiro, na vigésima terceira hora, no sétimo dia da semana)
o vazio espera algum preenchimento, não é o que se diz?
domingo e faz frio.
domingo, 5 de julho de 2009
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2 comentários:
sabe quando você lê algo que te preenche?
isso. agora.
que bonito. cumpriu-se a missão, então.
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