um dia eu cheguei a perguntar se ela nunca sairia de perto.
um dia disse a ela, outro dia, outra ela, que eu nunca lhe tinha dado um presente. eu tinha. uma anel desses que vinham no sorvete-seco. disse-me que, de todos, era o presente mais bonito - dos outros todos que poderiam ter sido.
um dia me sugeri achar alguém pra dormir junto.
e amanhã ainda nem teremos nos conhecido.
(...)
é porque eu tentei não pensar nesse dia que vem e fiquei encucado com o quanto eu tava pensando. vai ver, será como aniversário que a gente-criança anseia, anseia e vai dormir com o cu assado de tanto cagar as besteiras que comeu o dia inteiro, sem parar, pensando que merda isso de festa de aniversário.
é porque o espaço na cama é um hiato.
é porque não bebi hoje, nem ontem, e a vida brilha e quase me ofusca.
é porque vai chover, deda, no dia mais triste de junho.
é porque pareceu natal: festa xarope, gente xarope, musiquinha enfeitadinha e uma lágrima cretina na hora do noite feliz: a tentativa de encontrar na memória um motivo pra crer que aquilo tudo era, foi ou poderia ter sido algo de bom.
terça-feira, 11 de junho de 2013
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