terça-feira, 30 de junho de 2009

eu quero o quente e descobri que meus livros são frios, que minhas histórias são frias e minha vida uma sempre nevasca. eu quero o quente do chocolate-quente, do misto-quente, das bananas quentes com caramelo num café da manhãzinha bem cedo numa casa gelada de onde emana calor. não quero escreveu não leu o pau comeu. um feriado bem no meio da semana que eu inventaria para que nele vivessem somente dois corpos quentes encobertos pelo sempre frio do sempre inverno. eu quero o quentinho de um canto onde a palavra não chega, mas chegará. onde a palavra não deu, mas dará.

eu tenho poemas entalados na garganta que não podem ser xingados. ando meio rock brega. rockzinho brega dos anos setenta com o cabelo lambido e flor na lapela. onde anda o olho dela?

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