terça-feira, 21 de maio de 2013
abri as janelas, as cortinas, as gavetas. coloquei os cobertores pra tomar sol e ficar com cheiro de sol, sabe como é?
depois de tanto tempo nublado. nublados.
nu, tirei o pó de cada livro da estante, de cada poema engavetado, de cada traço de desejo que pensei não pudesse mais haver.
e no fim, quando era de tarde, veio novamente a chuva.
molharam-se os cobertores, os livros, os poemas, o desejo.
(eu esqueci de fechar novamente o telhado, Deda)
me deixei aberto como uma ferida exposta às infecções da vida.
[vida que tem que ser vivida e eu volta e meia esqueço]
voltar, então, ao começo:
abri as janelas, as cortinas, as gavetas. coloquei os cobertores pra tomar sol e ficar com cheiro de sol, sabe como é?
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