segunda-feira, 31 de março de 2014

deda,

já não sei mais o que houve nem a causa de ter estado tanto tempo em mim, somente em mim, noites inteiras, dias inteiros, noites que viravam dias no meu dia-a-dia nublado.

me punia por somente ter sido.

agora o conhaque é chá, embora respire ainda toda minha vida nos meus cigarros.

mas já me deixo abraçar e ser abraçado. amar e ser amado. sorrir.

senti saudade tua, mas sabia que tu voltarias. não sei nem exatamente porquê.

só sabia.

[será porque assim é a vida?]

(tô te enviando meias de lã de sol, cachecóis de sonhos sustenidos e mantas feitas de abraços de reencontro. sobreviverás ao inverno; sobreviveremos

somente estando.
somente sendo).


Nenhum comentário: