deda,
já não sei mais o que houve nem a causa de ter estado tanto tempo em mim, somente em mim, noites inteiras, dias inteiros, noites que viravam dias no meu dia-a-dia nublado.
me punia por somente ter sido.
agora o conhaque é chá, embora respire ainda toda minha vida nos meus cigarros.
mas já me deixo abraçar e ser abraçado. amar e ser amado. sorrir.
senti saudade tua, mas sabia que tu voltarias. não sei nem exatamente porquê.
só sabia.
[será porque assim é a vida?]
(tô te enviando meias de lã de sol, cachecóis de sonhos sustenidos e mantas feitas de abraços de reencontro. sobreviverás ao inverno; sobreviveremos
somente estando.
somente sendo).
segunda-feira, 31 de março de 2014
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