segunda-feira, 8 de julho de 2013

não importa há quanto tempo tenha sido, o que importa é. a gente aprende? em hum mil novescentos e noventa e um dona ana abandonou a turma para, sei lá, parir. talvez. nem porquinho-da-índia, nem as gêmeas joice & jéssica: dona ana foi minha primeira namorada.

muitos anos depois eu escreveria minhas resoluções de ano novo a partir da praia da pinheira, que deveria ter dedicado à ligia ou dediquei, não sei mais. dizia assim:

Voltar a ver o mar logo; vê-lo no inverno também.

Esquecer fulana e beltrana: se acumulam com o tempo.

Dizer o que tiver de ser dito a quem realmente tiver ouvidos.

Não entristecer à toa, não me entristecer à toa.

Aprender a viver sozinho, verdadeiramente sozinho.

Abrir mão de comemorar datas tristes.

Aprender a comer.

Aprender a dormir.

Evitar lembrar os nomes que se esquecem de se esquecer.

Achar alguém pra dormir junto.


Pinheira, 3 de janeiro de 2009.

jamais voltaria a escrever planos como quem compra batatas e tem de escolher entre as sujas e as mal lavadas. mas se reescrevesse, colocaria ali reencontrar dona ana.
talvez voltando ao início, entenderia o porquê de tudo. de tanto. disso tudo aqui.

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